- Graças a Deus.
SALMO 66
Responsório (SI 66)
— Que as nações vos glorifiquem, ó Senhor, que todas as nações vos glorifiquem.
— Que as nações vos glorifiquem, ó Senhor, que todas as nações vos glorifiquem.
— Que Deus nos dê a sua graça e sua bênção, e sua face resplandeça sobre nós! Que na terra se conheça o seu caminho e a sua salvação por entre os povos.
— Exulte de alegria a terra inteira, pois julgais o universo com justiça; os povos governais com retidão, e guiais, em toda a terra, as nações.
— A terra produziu sua colheita: o Senhor e nosso Deus nos abençoa. Que o Senhor e nosso Deus nos abençoe, e o respeitem os confins de toda a terra.
EVANGELHO DO DIA
Mt 14,1-12
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.
1Naquele tempo, a fama de Jesus chegou aos ouvidos do governador Herodes. 2Ele disse a seus servidores: “É João Batista, que ressuscitou dos mortos; e, por isso, os poderes miraculosos atuam nele”.
3De fato, Herodes tinha mandado prender João, amarrá-lo e colocá-lo na prisão, por causa de Herodíades, a mulher de seu irmão Filipe. 4Pois João tinha dito a Herodes: “Não te é permitido tê-la como esposa”. 5Herodes queria matar João, mas tinha medo do povo, que o considerava como profeta. 6Por ocasião do aniversário de Herodes, a filha de Herodíades dançou diante de todos, e agradou tanto a Herodes 7que ele prometeu, com juramento, dar a ela tudo o que pedisse. 8Instigada pela mãe, ela disse: “Dá-me aqui, num prato, a cabeça de João Batista”. 9O rei ficou triste, mas, por causa do juramento diante dos convidados, ordenou que atendessem o pedido dela. 10E mandou cortar a cabeça de João, no cárcere. 11Depois a cabeça foi trazida num prato, entregue à moça e esta a levou para a sua mãe. 12Os discípulos de João foram buscar o corpo e o enterraram. Depois foram contar tudo a Jesus.
- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
ARAUTOS DO EVANGELHO - O MARTÍRIO DE JOÃO BATISTA
João Batista tinha sentido
sobre a terra o Verbo Encarnado, desde o seio de sua mãe; o pai tinha-lhe
predito que ele seria o profeta e devia preparar-lhe o caminho.
João, cujo nascimento
celebramos a 24 de Junho, deixa o mundo desde sua primeira infância; deixa
mesmo a casa paterna que era todavia uma casa de santos e retira-se para o
deserto, longe do bulício dos homens, para só conversar com Deus. Tem como
veste apenas um rude cilício de pele de camelo, um cinto também tão espantoso
sobre os rins; como alimento, gafanhotos e mel silvestre; e na sede, água pura.
Exposto às intempéries e não tendo outro retiro que os rochedos, sem recurso,
sem servidores, e sem outra manutenção; essa a vida que leva João Batista,
desde a infância. Queixamo-nos ainda agora!
Mas eis aqui uma privação bem
mais surpreendente. João Batista tinha sentido sobre a terra o Verbo Encarnado,
desde o seio de sua mãe; o pai tinha-lhe predito que ele seria o profeta e
devia preparar-lhe o caminho. Entretanto, ele não deixa o deserto para o ir ver
entre os homens; ele o conhece tão pouco, que será necessário que o Espírito
Santo lhe dê um sinal, para o conhecer, quando chegar o tempo de o manifestar
ao mundo. Todavia, ele ocupa-se sem cessar de Jesus, sem cessar ele medita em
sua grandeza, sem cessar ele o adora em silêncio, sem cessar o escuta dentro de
si. Ele não tem curiosidade de o ver com os olhos do corpo: é que ele sabe que
Jesus opera invisivelmente, de longe como de perto. Eis quem deve servir e amar
a Jesus, não mais como criança, que é preciso nutrir de leite, de consolações
sensíveis, mas como homem feito, que se nutre de alimento sólido, que se nutre
de privações e de sofrimentos. Somos assim?